terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Holocausto...É sempre dia de lembrar! Para não se repetir...







Atualmente, a palavra holocausto, que advém do grego e significa todo queimado, está relacionado com um dos momentos mais nefastos da história da humanidade, realizado na Alemanha nazi, durante a Segunda Grande Guerra – o genocídio dos judeus.
Quando o regime nazi se instalou na Alemanha, em 1933, de imediato tomaram-se medidas antissemíticas.  Por exemplo, o estatuto de judeu foi redefinido, remetendo para a religião dos seus antepassados, logo todo aquele individuo que tivesse um avô judeu, passou a ser rotulado de judeu, quer praticasse essa religião ou não.
Paulatinamente, o regime nazi iniciou uma ação de afastamento dos judeus da sociedade alemã a todos os níveis, económico, social, cultural através da aplicação de uma série de leis e medidas discriminatórias. Pretendia-se assim, realizar uma ação exaltação da raça ariana, considerada superior.
Desde 1933 até ao deflagrar da Segunda Guerra Mundial, foram tomadas medidas e ações de coação da comunidade judaica tanto que muitas famílias judaicas temendo o pior começaram a abandonar a Alemanha e a instalarem-se noutros países europeus mais tolerantes.
Em 1939, a Alemanha invade a Polónia e dois milhões de judeus polacos são colocados nos ghuettos, bairros onde só residiam famílias judaicas, rodeados por altos muros e arame farpado, aí viviam uma vida muito difícil e com muitas restrições, nomeadamente a nível alimentar.
Após a invasão da URSS, em 1941, começa a ser traçado o plano de eliminação dos Judeus. Este plano é delineado por, um dos mais importantes comandantes das SS, Adolf Eichemann que pretendia eliminar doze milhões de judeus. Mais tarde, quando foi julgado em Israel, na década de 60 do séc. XX, Adolf Eichmann lamentava apenas ter conseguido eliminar somente seis milhões!...
Reinhard Heydrich, líder da Segurança do Reich, também em 1941, define o projeto “Solução Final” para a questão judaica que seria aplicado a toda a Europa ocupada. A partir desta data, os judeus são obrigados a usar uma estrela amarela, para os identificar, e começam a ser enviados/deportados para campos na Polónia, para os chamados campos de concentração ou campos de morte. Estes campos estavam apetrechados com equipamentos especiais de gás mortífero.
Para estes campos de concentração eram enviados judeus de toda a Europa ocupada – França, Bélgica, Itália, Eslováquia, Holanda, Croácia, ... – através de comboios.  Os principais campos situavam-se na Polónia ... o mais conhecido foi o de Aushwitz, onde mais de um milhão de judeus morreu gazeado.
Contudo, para estes campos de concentração não foram enviados apenas judeus, sabemos, hoje, que aí morreram também ciganos, homossexuais, cristãos, testemunhas de Jeová e comunistas.
Para apagar as provas do genocídio levado a cabo, foram, posteriormente, construídos fornos crematórios onde eram incineradas as pessoas mortas nas câmaras de gás ou simplesmente abatidas.

Não se pense que toda as pessoas aceitavam as atrocidades praticadas na época. Muitas pessoas, de forma discreta, pois temiam pela própria vida, auxiliaram muitos judeus a escaparem aos campos de concentração e consequentemente à morte. Uma dessas pessoas foi um português – Aristides Sousa Mendes – que salvou milhares de pessoas, dando-lhe um visto para Portugal.

No final da Segunda Guerra Mundial, estima-se  que morreram às mãos dos nazis mais de cinco milhões de judeus, três dos quais em campos de concentração, mais de um milhão em operações de fuzilamento e mais de seiscentos mil nos ghettos.

É para dar memória a estas pessoas e a todos aqueles que conseguiram sobreviver que esta data se comemora a nível mundial.
 Para que a Humanidade não se esqueça de um dos momentos mais terríveis da sua história.
Para recordar e para que recordando estas atrocidades não se repitam.


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